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Jessycaah

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O MORTO

Na noite escura ecoa o trovão;
No brilho dos raios desce o dragão;
Nas paredes frias e imundas o fantasma se esconde;
Pingos d’água que ouço mas não vejo onde;
Na calada da noite me abro; você se esconde;
Nesta noite gélida sinto minha pele se romper;
Após a navalha meus braços agora a doer;
Sábio a que um dia foi, sábio que morto esta;
Aonde havia um coração, agora rocha á;
Nos olhos do diabo vejo salvação;
Nos meus olhos não á perdão;
No calor sinto enjôo;
Abro minhas asas e lanço vôo;
Das quais pode saber, do qual vai falar;
A morrer estou e ainda assim a duvidar;
O sangue jorra, de minha pele branca ele brota;
A lua chora nos céus, do trovão não ouço estrondo;
E entre as paredes imundas e frias, agora me escondo.

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